A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em colaboração com várias organizações parceiras, está ativamente envolvida em esforços de resposta às severas enchentes que assolaram o Estado do Rio Grande do Sul. Essas iniciativas são realizadas em coordenação com o governo estadual e diversos atores da sociedade civil, visando minimizar os danos e prestar auxílio às comunidades afetadas, que incluem brasileiros, refugiados e migrantes.
No Rio Grande do Sul, estima-se que existam cerca de 41 mil refugiados ou indivíduos que requerem proteção internacional, com 35 mil desses vivendo em condições de vulnerabilidade e potencialmente impactados pelas enchentes, segundo informações do CAD-Único/SUAS do Governo Federal. Muitas dessas pessoas sofreram perdas significativas, incluindo a destruição de suas residências, pertences pessoais, documentos essenciais e até mesmo suas fontes de renda, devido às inundações.
Em resposta a essa situação, o ACNUR e seus parceiros têm trabalhado para avaliar os danos e identificar as necessidades emergenciais das populações afetadas. Além disso, a agência tem se empenhado em facilitar a comunicação, assegurando que refugiados e migrantes recebam informações cruciais sobre medidas de segurança e os riscos associados às áreas onde residem, tudo isso em seus próprios idiomas.
Uma ação concreta tomada foi a transformação de parte das instalações da UNISINOS, localizada em São Leopoldo/RS, em um abrigo emergencial temporário. Atualmente, este local está dando suporte a cerca de 1.300 pessoas diretamente afetadas pelas enchentes. O ACNUR calculou que seriam necessários aproximadamente R$ 16 milhões para cobrir todas as necessidades emergenciais, incluindo a distribuição de assistência financeira direta e itens de primeira necessidade aos afetados. As doações podem ser realizadas através do link: https://doar.acnur.org/page/ACNURBR/doe/enchentes-no-sul-do-brasil .
Este desastre também destaca a problemática das mudanças climáticas, que estão aumentando a frequência e a severidade de eventos climáticos extremos, como as chuvas torrenciais que têm causado estragos significativos e aumentado a insegurança e incertezas para muitas populações. O ACNUR, que já tinha experiência com emergências climáticas em outras regiões do Brasil, como Acre, Bahia e Manaus, reforça a importância da coordenação com parceiros locais para evitar sobreposições e melhorar a eficiência da resposta à emergência.