Mormente nos últimos dias, pelos acontecimentos que abalam o mundo, muito se tem falado em “migrantes” e “refugiados”. Muitas e muitas pessoas se deslocam de seus países de origem em busca de um lugar melhor e em diversas partes do mundo isso vem acontecendo, hora com semelhanças nas situações, hora em situações completamente diferentes. Ocorre que, muitas vezes, os termos “migrantes” e “refugiados” são empregados erroneamente. Para uma melhor compreensão da totalidade da ideia, esclarecimentos iniciais são necessários.
Migração é o ato de mudar-se de um território para outro, não necessariamente de um país, mas o termo engloba, também, as mudanças de indivíduos de um país para outro. Porém, as condições que impulsionam a migração, são fatores que envolvem perspectiva individual levando a pessoa a acreditar que em outro lugar haverá uma realidade melhor no que se referem às condições financeiras, ambientes ideais etc. Logo, o indivíduo toma uma decisão e migra para outro país, onde será um imigrante em busca de uma “vida melhor”. O migrante pode estar descontente com a realidade política, social etc., mas, a migração é uma decisão no âmbito individual e pessoal. Diferentemente ocorre quando pessoas, tendo suas vidas ameaçadas por haver uma perseguição política, religiosa, guerra etc., fogem de seus países de origem e se refugiam no país mais próximo que contemple a política para refugiados. Chegando lá, essas pessoas terão de relacionar-se com as autoridades apresentando os motivos que o levaram a fugir de seu país buscando refúgio. A condição do indivíduo é avaliada. Havendo aprovação, ele é enquadrado na condição de “refugiado” e, terá assim, assistência básica (moradia, alimentação, socorro médico etc.) durante um determinado tempo. Isso não significa que a pessoa, após conseguir a condição de refugiada, iniciará uma nova vida no país que se refugiou. O sistema que ampara refugiados entende que essa condição poderá perdurar somente o tempo que houver as adversidades que coloca, ou estavam colocando, as vidas em risco. Quando a normalidade volta e o risco de vida não é mais existente, os “refugiados” tem que regressar para seus países de origem.
Por Ruben Cruz